QUAL O PAPEL DO ARQUITETO E DO ENGENHEIRO NA OBRA?

O que faz o arquiteto e o que faz o engenheiro na obra?
O engenheiro fica, geralmente, com a execução da obra, propriamente dita.
O arquiteto tem um papel fundamental, que é o de gerenciar os trabalhos e cuidar para que ocorra a compatibilização do projeto com a construção ou reforma. Portanto, é o profissional que necessariamente precisa, não somente entender de projeto, bem como conhecer, instalações hidráulica, elétrica e esgoto e estrutura. Todos os projetos de instalações são, normalmente elaborados pelo engenheiro de instalações, o cálculo estrutural, pelo engenheiro calculista (todas essas categorias, são especializações do engenheiro civil, exceção da elétrica, que é a formação do engenheiro eletricista) e todas essas plantas derivam do projeto de arquitetura. Por isso, a importância do arquiteto estar à frente da gestão da obra, para se certificar que os trabalhos saiam em conformidade com o projeto arquitetônico.
Dúvidas?
É só colocar nos comentários que responderei assim que puder.
Abs
Arquiteta Sheila




O PORQUÊ DO CLIENTE NÃO INTERFERIR NA OBRA DE SUA CASA.

Resolvi postar sobre esse assunto aqui no blog, por conta dos inúmeros problemas, que eu mesma já tive, com muitos clientes.
Quem é leigo na área de arquitetura e engenharia, desconhece o tamanho do problema que causa, quando resolve dar "ordens", aos profissionais que estão no canteiro de obras!
Sempre explico aos meus clientes que a hora de modificar o projeto, é enquanto este, está no papel. Depois do início da obra, fazer qualquer alteração de projeto, é pedir para arruinar a execução.
Vou explanar alguns dos motivos que fundamentam o que defendo.

Primeiro:
É prejuízo certo, resolver mudar qualquer janela, que seja, do lugar determinado pelo projeto, pois, até mesmo um simples vão, foi estudado e planejado para estar ali e ter aquelas dimensões. O arquiteto não faz nada, sem ter um objetivo técnico para aquele elemento. Além disso, enquanto o desenho está na planta, é só apagar e fazer novamente. Quando já está na execução, propriamente dita, tem que quebrar e refazer, o que provoca novo acordo de valor com a mão de obra e acréscimo de material.

Segundo:
O cálculo estrutural, é feito baseado na planta de arquitetura. Isto é, o engenheiro faz sobreposição de sua planta na do arquiteto, o que quer dizer que, os posicionamentos dos elementos estruturais, como, vigas, pilares, vergas, cintas, etc, são planejadas em cima da planta de arquitetura, para não ficarem descompatibilizadas. Isso é algo bem sério. Dependendo da modificação que o cliente faça, no decorrer da obra em andamento, pode comprometer a estrutura dessa construção, ocasionando o colapso desta.

Terceiro:
Provoca desgaste, insegurança e tumulto na obra, entre os profissionais envolvidos. Já ouviram falar de "muito cacique, para pouco índio"? Pois é, não existe nada mais desagradável, para os mestres de obras, encarregados, pedreiros, etc, do que a mudança de instruções toda hora, com pessoas distintas mandando! É necessário ficar bem claro que, o responsável técnico pela obra (arquiteto ou engenheiro), responde civil e criminalmente à Justiça e administrativamente ao conselho de classe, caso algo de errado aconteça na construção ou reforma, portanto, somente esse profissional, tem a qualificação técnica para comandar a execução, ninguém mais.

Quarto:
Antes de começar qualquer obra, é necessária, a emissão do alvará da autorização e para isso, o arquiteto entrega o projeto para a devida aprovação e emissão deste documento, que irá proporcionar legalidade aos serviços. Quando o cliente modifica esse projeto, no decorrer da execução, ele terá necessariamente, a despesa adicional de pagar novamente pelos honorários do arquiteto, que terá que modificar as plantas e dar entrada novamente na Prefeitura, como "modificação de projeto", caso contrário, se não fizer, o proprietário do imóvel não conseguirá o Habite-se, ao término da execução.

É preciso que fique bem clara  essa situação. Não se trata de disputa de poder e nem arrogância, do tipo, "quem manda aqui sou eu", trata-se de responsabilidade profissional, inerente à função de engenheiro e arquiteto. Existem regras,leis e técnicas a serem cumpridas por esses profissionais.
Obra não é brincadeira para leigos. Obra errada causa acidente e morte.

Espero ter conseguido esclarecer aqui, o motivo da obra ter seu responsável técnico e ser ele a administrar a obra e não o cliente.








Abraços.





Imagens das obras executadas pela arquiteta Sheila.

Arq. Sheila

COMO TER UMA CAIXA D'ÁGUA DA CHUVA EM CASA.

Se você quer ter uma casa autossustentável e depender cada vez menos dos serviços das fornecedoras de água e energia, vale o investimento em captação de energia solar e água da chuva.
Hoje falaremos como montar uma captação de água da chuva de duas maneiras. A primeira com abastecimento diretamente da calha para uma cisterna no chão, onde é necessária uma bomba de sucção para lançamento da água para a caixa d'água.
A segunda forma, é a que eu acredito ser a ideal, pois dispensa a cisterna e a bomba, que á algo que além de precisar de manutenção constante, precisa da energia elétrica para funcionar.
Vamos ao primeiro caso.
Primeiro é necessária a construção de um reservatório enterrado no chão do terreno. Essa posição deve ser estudada ainda no projeto, antes da casa ser construída ou reformada, pois o telhado, o caimento das telhas e as calhas, serão executadas em conformidade com a captação da água pluvial.
A capacidade do reservatório será determinada pelo projeto. Feito isso, será instalado um tubo de queda ou mais de um, descendo das calhas e caindo diretamente na cisterna. A bomba jogará a água à caixa d'água, no sótão, abaixo das telhas, que por sua vez, conduzirá por gravidade, aos banheiros e cozinha. Geralmente, essa água é utilizada nas descargas dos banheiros e torneiras externas de jardim. Porém, se a água receber tratamento e filtragem adequados, poderá abastecer toda a hidráulica da residência.

                                          CONSTRUÇÃO DA CISTERNA.
                                           



LIGAÇÃO DA TUBULAÇÃO QUE DESCE DA CALHA ATÉ A CISTERNA.





CAIXAS D'ÀGUA (FORNECEDORA E CHUVA)



CISTERNA PRONTA.



Imagens da obra executada pela arquiteta Sheila.

A outra maneira seria a de optar por caixa d'água com maior capacidade de reserva e localizá-la no sótão, de maneira que ela fique abaixo da calha, para receber por gravidade a água da chuva, sem o auxílio de bomba.






COMO FAZER UMA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA DE OBRA.










Uma boa e eficiente planilha orçamentária de obra, é aquela que mais se aproxima da realidade, isso é, aquela que dará ao cliente uma noção bem precisa dos seus gastos.
Outro fator para a eficácia da planilha, é que ela seja feita baseada em um projeto de arquitetura, completo, onde todas as especificações encontram-se bem precisas e claras.
Além disso, a informação dos valores dos materiais, ficam muito mais realistas, quando são pesquisados no mercado, em lojas de material de construção, ao invés de serem calculados por fatores ou índices, como o Emop. Eles são muito comuns na administração pública, onde os orçamentos são feitos em conformidade com o catálogo. Eu particularmente, não gosto de trabalhar com essas informações, prefiro, o que eu chamo de "índice real" (o que eu pesquiso nas lojas). Acredito que os dados ficam bem mais próximos da realidade dos gastos.

A seguir as etapas a serem cumpridas em uma planilha orçamentária:

As colunas devem ser divididas em:

ÍTEM, CÓDIGO, DESCRIÇÃO, UNIDADE, QUANTIDADE E PREÇO (unitário, unitário x BDI, total)

ÍTEM - é aquele onde recebe o número do ítem na ordem da tabela;
CÓDIGO - esse é necessário quando se usa os índices tipo Emop ou Sinapi, por exemplo. No meu caso, eu não escrevo nesse ítem,
DESCRIÇÃO - é a descrição do material, o nome, por exemplo, aço CA50, 10.0mm.
UN- é a unidade de medida do material, por exemplo, se ele é comprado por m², por balde, por unidade, etc.
QUANTIDADE- é o quanto será comprado daquele material.
UNIT. - é o preço unitário do material.
UNI X BDI - é o preço unitário x o BDI que você estiver trabalhando.  No meu caso, eu uso o valor, "UM", porque eu adoto o preço de venda, real, pesquisado das lojas de vendas de materiais, portanto, , não é necessário acrescentar nenhum valor ou imposto. O BDI (benefícios e despesas indiretas), é um índice que auxilia nos orçamentos da construção civil, com a finalidade de se chegar a um valor mais próximo da venda.
TOTAL - é o preço unitário multiplicado pela quantidade de material.


No próximo post, falaremos mais de planilhas orçamentárias e sobre as etapas de serviços a serem divididas. Aguardem.
Arq. Sheila.

COMO MONTAR UMA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA









Primeiramente, para quem ainda não leu o post anterior , recomendo ir antes lá e depois voltar aqui, pois, no outro, foi dado, uma introdução nesse assunto, que ajudará bastante no discernimento desse objeto. É só clicar no link:

http://sheilaarquiteta.blogspot.com.br/2017/06/como-fazer-uma-planilha-orcamentaria-de.html

Muito bom! Para quem já foi e voltou, vamos agora, nesse tópico descrever com cuidado, como desenvolver uma planilha orçamentária, etapa por etapa.


 CABEÇALHO.
Esse espaço deve ser preenchido com os dados do profissional prestador de serviços ou a firma prestadora dos serviços. Além dos dados do cliente, tipo da obra e endereço da obra. Vejam na imagem a seguir:


SERVIÇOS PRELIMINARES:
Feito isso, vamos à próxima etapa que eu denomino de serviços preliminares.
São aqueles itens que precedem à obra. Isso é, precisam ser compradas e colocadas no canteiro de obras, antes do seu início, para preparo do lugar, tais como, placa da obra, barracão, etc.



LOCAÇÃO DE OBRA.
A locação de obra, engloba, todo o processo de marcação da obra, tais como:
 o gabarito- onde é delimitado o espaço que vai ficar a construção;
o levantamento topográfico- executado pelo topógrafo. Esse serviço é feito com um equipamento chamado Estação Total, que definirá as dimensões do lote, bem como, as curvas de nível;
A sondagem do terreno- é um levantamento cujo resultado é o determinante para se saber o tipo de solo, para que, o engenheiro calculista, com esses dados, possa definir o tipo de fundação adequado para a construção.


FUNDAÇÃO E ESTRUTURA.
Esse item contém o material utilizado para execução da fundação e estrutura da construção, bem como, o aço, cimento, areia, brita, arame, madeira, etc...



ALVENARIA E ACABAMENTO CERÂMICO.
Tudo que envolve a execução das paredes, pisos e revestimentos.



COBERTURA/TELHADO.

Referente às telhas, madeiramento estrutural do telhado, pregos, etc.


ESQUADRIAS.
São as janelas e portas da construção.


PINTURA.
Tintas, massa corrida, pincéis, etc.


LOUÇAS, METAIS E BANCADAS.

Cubas de lavatórios, bacias, pias , mármore, granito, etc


INSTALAÇÕES.
Material para as instalações hidráulica, esgoto, elétrica, ar condicionado, etc.



PROJETOS E CÓPIAS.

Referente aos projetos de arquitetura e as plotagens das plantas para aprovação na Prefeitura.


TAXAS DA PREFEITURA, CREA E CAU.
Esse item é destinado aos pagamentos das taxas cobradas pela Prefeitura para fornecimento dos Alvarás da obra e responsabilidade técnica do arquiteto no projeto e obra, no CAU (Conselho dos Arquitetos e Urbanistas).


ADMINISTRAÇÃO E MÃO DE OBRA.

Referente à mão de obra da equipe de obra, assim como, encarregado, pedreiro, serventes e a administração da obra, feita pelo arquiteto ou engenheiro, responsável técnico, pela execução.


Esse foi em exemplo de planilha feita por mim. Ela pode ser adaptada às diferentes necessidades de cada profissional.
Arq. Sheila.
























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